domingo, 6 de junho de 2010

ESTUDOS SOBRE MINAS GERAIS NO SÉCULO XVIII - ALGUNS TEMAS ABORDADOS POR ALUNOS DO 3º ANO DO ENSINO MÉDIO

PARTE I

POLÍTICA E ECONOMIA

No final do século XVI e durante o século XVII, o Brasil Colonial foi palco de movimentos expansionistas em direção ao seu interior, as Entradas e as Bandeiras. O primeiro de caráter oficial, financiada pela Coroa portuguesa, não conseguiu o êxito da segunda, de caráter particular, patrocinada pelos colonizadores interessados em mão-de-obra indígena. Esses dois movimentos expansionistas distintos tinham algo em comum: a busca por metais preciosos. Depois de quase 150 anos ou melhor no fim do século XVII os bandeirantes paulistas encontraram o tão almejado ouro.

O primeiro produto de valor econômico da colônia portuguesa foi o pau-brasil, com a decadência do pau-brasil houve a necessidade de um novo produto que movimenta-se a economia e quem assumiu essa responsabilidade foi a cana-de-açúcar. Com a descoberta de solo apropriado para o plantio da cana no nordeste, os portugueses não titubearam e investiram com a ajuda dos holandeses na monocultura desse produto. A sociedade brasileira ganhou então uma nova configuração baseada na economia açucareira. Com o surgimento dos engenhos e a necessidade de mão-de-obra para os mesmos, houve o surgimento de duas classes sociais: a minoria proprietária de engenhos e a massa de trabalhadores escravizados, constituída por negros que vieram das colônias portuguesas na África, como Angola, Moçambique e Cabo Verde, principalmente pela lucratividade do tráfico negreiro. Além dessas duas classes havia um pequeno grupo de comerciantes e artesãos especializados, como pedreiros, carpinteiros, alfaiates, sapateiros e outros que constituíam a classe média brasileira. Com o declínio dessa fonte de riqueza, a necessidade mais uma vez bateu na porta, e então houve o surgimento dos movimentos supracitados, ainda no início do texto, responsáveis pelo descobrimento das pedras preciosas em regiões que hoje fazem parte dos estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.

A nova atividade econômica, a mineração, transformou a sociedade açucareira, rural, patriarcal e estratificada (hierárquica) do século XVI e em uma sociedade mais complexa. A mineração proporcionou uma maior circulação de riqueza pela colônia o que enriqueceu a classe média da sociedade do século XVI e XVII baseada no açúcar, trazendo uma mobilidade social inexistente na sociedade açucareira, porém esse enriquecimento não foi homogêneo e os que enriqueceram, enriqueceram por causa das demais atividades que desempenhavam além da mineração, como por exemplo o comércio e ainda, esse enriquecimento não foi tão substancial, ou seja, a classe média brasileira ainda era pobre.

CONTEXTO EUROPEU: INGLATERRA E PORTUGAL

Em contrapartida ao desenvolvimento econômico da Inglaterra, Portugal enfrentava enormes dificuldades econômicas e financeiras com a perda de seus domínios no Oriente e na África, após 60 anos de domínio espanhol durante a União Ibérica (1580-1640).
Dos vários tratados que comprovam a crescente dependência portuguesa em relação à Inglaterra, destaca-se o Tratado de Methuem (Panos e Vinhos) em 1703, pelo qual Portugal é obrigado a adquirir os tecidos da Inglaterra e essa, os vinhos portugueses. Para Portugal, esse acordo liquidou com as manufaturas e agravou o acentuado déficit na balança comercial, onde o valor das importações (tecidos ingleses) irá superar o das exportações (vinhos). É importante notar que o Tratado de Methuem ocorreu alguns anos depois da descoberta das primeiras grandes jazidas de ouro em Minas Gerais, e que bem antes de sua assinatura as importações inglesas já arruinavam as manufaturas portuguesas. O tratado, deve ser considerado assim, bem mais um ponto de chegada do que de começo, em relação ao domínio econômico inglês sobre Portugal.


http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=302

ALUNOS RESPONSÁVEIS POR ESSA PESQUISA:

GEOVANY MENDES
JEAN CARLOS VILAS BÔAS
JULIANA SANTANA
THAIS INÁCIO

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